quarta-feira, 7 de abril de 2010

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A década zero - volume 2

Depois dos filmes, agora a música: arctic monkeys - whatever people say i am, that's what i'm not (2006); strokes - is this it (2001); white stripes - elephant (2003); radiohead - amnesiac (2001); sonic youth - the eternal (2009); pearl jam - binaural (2000); tool - lateralus (2001); queens of the stone age - songs for the deaf (2002); massive attack - 100th window (2003); fiona apple - extraordinary machine (2005).
Em versão títulos alternativos: whatever people say i am, that's what i'm not - arraial de porrada entre adeptos de futebol inglês em jogos de escalões secundários; is this it - despedida de solteiro retro; elephant - o delta do mississipi em chamas; amnesiac - vou ali comprar anti-depressivos fraquinhos, já volto (quém quiser dos fortes é o kid a); the eternal - do túnel do metro para a avenida principal / i love new jersey; binaural - limpinho; lateralus - serradores à solta na serra durante um espectáculo de pirotecnia sobre carpintaria moderna; songs for the deaf - desert sessions versão costa noroeste; 100th window - máquina electrónica de fazer gelo picado; extraordinary machine - vamos dançar à chuva no outono / please, no more melodies.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Águias do Moradal - Vilarregense

O ataque ao título distrital de castelo branco segue dentro de momentos.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A década zero - volume 1

Depois de um mês de intensa reflexão, a fúria do barlavento apresenta finalmente as listas dos melhores filmes da década. A ordem da lista é aleatória: no country for old men (irmãos cohen, 2007); mystic river (clint eastwood, 2003); elephant (gus van saint, 2003); lat den ratte komma in (thomas alfredson, 2008); sin city (frank miller e robert rodriguez, 2005); zodiac (david fincher 2007); cidade de deus (fernando meirelles, 2002); fahrenheit 9/11 (michael moore, 2004); mulholland drive (david lynch, 2001); der baader meinhof komplex (uli edel, 2008); kill bill 2 (quentin tarantino, 2004); che 1, o argentino (steven soderbergh, 2008); 25th hour (spike lee, 2002); babel (alexandro gonzález iñárritu, 2006); good night and good luck (george clooney, 2005); lost in translation (sofia coppola, 2003).
Em versão títulos alternativos: no country for old men - grande prémio clint eastwood; mystic river - a família em primeiro lugar; elephant - américa proibida; lat den ratte komma in - estocolmo é vermelha; sin city - os superheróis podem ser humanos ou não; zodiac - o telefonema da meia-noite; cidade de deus - o meu nome é zé pequeno; fahrenheit 9/11 - o ano zero; mulholland drive - subúrbios de hollywood; der baader meinhof komplex - o muro poderá vir a cair; kill bill 2 - malagueña salerosa; che 1 - que la chupen; 25th hour - insónias; babel - perdidos; good night and good luck - façam as vossas apostas na caça às bruxas; lost in translation - situações engraçadas em tóquio.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Termómetro da semana

A subir: fantasma de paulo bento; novo-fado; apanha do cournichon; amplitude térmica; reabilitação urbana; alien; courrier internacional formato jornal; gripe sazonal. A descer: think tank; obamamania; américa do sul; memórias do super-homem da EN238; darwinismo; gripeA. A ferver: o pai natal a descer pela chaminé com a lareira acesa.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Futebolómetro da semana

A subir: azeite novo; jon stewart; eficiência técnica; dueto queiroz + black eyed peas; kinder délice; montenhosa = texas; mourinho em inglaterra; teoria do consumidor irracional. A descer: sns; liga dos campeões. A ferver: cantona XVI, o regresso

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Higrómetro da semana

A subir: humidade relativa; 4x4x2 em losango; them crooked vultures; máquinas de vending na rua; anos 80; david cronenberg. A descer: 4x3x3; sabão azul e branco; rankings da década; separação de poderes. A ferver: paródias porno a séries de tv; massive attack. http://www.youtube.com/watch?v=YalghA3dGvI

terça-feira, 17 de novembro de 2009

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Barómetro da semana

A subir: tartulhos; alice in chains; san mamés; hemisfério sul; economias paralelas. A descer: gernika; pearl jam; san mamés barria. A subir e a descer: voos low-cost. A ferver: água ao lume; binómio forever/never; metáforas sobre o muro de berlim.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Barómetro da semana

A subir: economias emergentes; recibos verdes; carlos tevez=dennis law. A descer: convergências de esquerda; maradona=deus; caça ao tartulho. Na mesma: como a lesma. A ferver: scarlett johansson. http://www.youtube.com/watch?v=rjR48klMVsY&NR=1

sábado, 1 de agosto de 2009

Barómetro da semana

A subir: bobby robson 1933-2009 (e a morte do 4x4x2 tal como o conhecemos); inglorious bastards (em contagem decrescente); virgens ofendidas da economia futebolística. A descer: silly season; movimentos pendulares; duckman na rtp2; jogo do prego. Na mesma: buzinar nas curvas. A ferver: lily allen; bandeira do roqueiro.

domingo, 5 de julho de 2009

Sarah Palin 2012

yes you certainly can

domingo, 7 de junho de 2009

segunda-feira, 11 de maio de 2009

New York City, EU

Há tempos havia para aí um comentário do género fica bem dizer que se gosta de sonic youth porque são alternativos. A verdade é que foram precisos mais de 20 anos para se conseguir ouvir um álbum do início ao fim sem ficar com a tensão arterial a 18-20 e tentar colar os pulsos cortados (durante o álbum anterior) com fita-cola ou bater com a cabeça em colunas. Desde 2000 que a banda ganhou distorção mas perdeu raiva: tensão tipo 8-12 e espaço para 3 cafés e uns amendoins. Historicamente os sonic youth têm maior sucesso comercial deste lado do atlântico e por aqui há quém ache que se não são a melhor banda da actualidade andam lá perto. É estranha como o raio a maior aproximação cultural da cidade de nova-iorque à europa (e vice-versa) do que propriamente ao resto dos eua. O chavão primeiro nova-iorquinos e só depois americanos ganhou forma durante a última década muito a reboque das políticas de washington e embora abalado no pós-11-de-setembro, a grande metrópole parece estar sempre à frente no seu tempo. Multiculturalismo às carradas ou anti-americanismo secundário? http://www.youtube.com/watch?v=8Gt265l6XYg

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Radiohead - 15 step

How come i end up where i started? How come i end up where i went wrong?

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A avestruz

I. Mais uma sessão-jantar-conferência-sobremesa sobre o futuro do SNS e parece que não há mesmo volta a dar. Primeiro, não se pode olhar para o financimento do SNS independentemente da conjuntura económica do país. Segundo, não se pode olhar para a despesa em saúde independentemente da despesa nos restantes sectores do estado. Terceiro, não se pode olhar para a conjuntura económica do país independentemente da internacional. Quarto, a população está a envelhecer (pessoalmente aposto nos 105 e 67 dias). Quinto, o repórter da tvi questiona se a crise não pode provocar problemas na prestação de serviços de saúde. Quinto, o repórter da tvi é ridicularizado. Sexto, o repórter da tvi não gosta de ser ridicularizado. Séptimo, o défice orçamental do estado deveria estar nos 6% para podermos financiar a saúde à vontade - ninguém se lembrou de perguntar (mesa 10 incluída) se isso não implicaria não cumprir com o pacto de estabilidade e crescimento. Oitavo, apelos distantes e paternalistas à eficiência técnica dos serviços do SNS. Nono, críticas distantes e paternalistas em relação à economia do país.
II. O problema de sub-financiamento do SNS não é diferente dos outros sectores do estado. A questão reside sobretudo no tipo de serviços que se pretende que o estado preste às populações. Pode-se especular sobre a viabilidade de alterar o modelo de financiamento ou pura e simplesmente aumentar a quantia a ser canalizada do orçamento de estado. Tanto uma como a outra são opções políticas: a primeira implicaria uma alteração profunda dos propósitos do SNS e qualquer decisão de fundo nesse sentido seria contrária à constituição portuguesa; a segunda seria um mais que provável estímulo à ineficiência. Não há milagres: o modelo do financiamento do SNS, nomeadamente o hospitalar é complexo. Do ponto de vista da gestão não é fácil garantir elevados níveis de eficiencia mantendo elevados níveis de equidade. Por outro lado, do ponto de vista dos profissionais de saúde não é fácil distinguir corporativismo e bem-comum. Os recursos são excassos e a introdução gradual de incentivos ao desempenho das instituições é louvável embora careça de continuidade: enquanto a grande fatia do financiamento dos hospitais do SNS continuar a ser dependente de critérios pouco claros e da boa vontade da tutela dificilmente haverá responsabilização por parte da gestão. Quando se comemoram 30 anos do SNS, a sustentabilidade do sistema tal como o conhecemos está em causa e não tem solução linear. De uma forma geral existe falta de confiança do contribuinte relativamente aos impostos e a forma como eles são canalizados pela máquina difusa do estado e transformados em serviços públicos. Este é um problema ao qual a saúde não escapa e que inviabiliza eventuais reformas no sector. Uma coisa é certa, se o caminho a seguir não é certamente o de baixar os braços perante as dificuldades também não será o de meter a cabeça na areia e fingir que está tudo bém. Saber que SNS queremos pode ser um bom ponto de partida.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

idiots and angels

Fantasporto'2009. Já lá vai o tempo das serras eléctricas a depilar pernas tenrinhas em mini-saia. Agora parece que o que mata mesmo a sério é a rotina.

Recessão - 1º round


quinta-feira, 26 de março de 2009

A hora do bacalhau cozido com grão

Depois de uns meses de atraso por questões logísticas, parece que é desta que vão passar para aí umas baladas em frequência modelada. A lista ainda é provisória mas está confirmada para sábado 4 de abril e no dia de páscoa às 17h no programa a hora do bolo da alternativa: 1.qotsa - auto pilot (no control), 2.pearl jam - life wasted (have faced it), 3.fiona apple - please please please (no more melodies), 4.soundgarden - mind riot (tied within), 5.pixies - dig for fire (in a hole), 6.sonic youth (needs a killer) - unmade bed (stained eyes for another way out), 7.jimi hendrix - watchtower (no reason to get excited), 8.nirvana - old age (its over), 9.temple of the dog - hunger strike (the mouths of decadence), 10.radiohead - pyramid song (all the figures i used to see), 11.mudhoney - halloween (you dont know whats going on), 12.bjork - big time sensuality (the hardcore and the gentle), 13.ratm - renegades of funk (groove from land to land) ou 13.alice in chains - whale&wasp (tarararatarara).

terça-feira, 24 de março de 2009

A convergência de esquerda

Apesar de ter alguns pontos discutíveis, em ano de 3 eleições aqui está um grande exercício de aritmética para canhotos: Convergência de esquerda. (apenas igualável em grau de dificuldade ao famoso sudoku e ao inovador método de marcação de grandes penalidades por instinto). A convergência à esquerda em portugal parece ser cada vez mais uma miragem e são mais os temas de discórdia que propriamente os concordantes. 35 anos após abril, e sem subjugar complamente a ideologia ao pragmatismo, importa reflectir sobre a eficiência de uma divisão tão clara das tendências políticas e aquilo que elas realmente representam para o eleitorado.

sexta-feira, 20 de março de 2009

beastie boys - sabotage

também podia ser o episódio piloto da série policial italiana 'o polvo'. reedição do álbum 'ill comunication' a 24 de março.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Pearl Jam reeditam ten

A PJ está de volta às grandes investigações com a reedição do álbum de estreia ten, onde aos clássicos de sempre da caça à multa se juntam alguns temas novos. Ten foi editado em '91 e considerado pela crítica o melhor do ano. O título é uma improvável homenagem ao jogador americano de basket mookie blaylock que actuava com o nº10 nas costas, nome pelo qual a banda era inicialmente conhecida. Para quém já não ouve pearl jam desde o álbum binaural porque deixou de gostar das capas; já não tem idade para crowd surfing; só tem all-star tipo levis; não gosta de incursões com órgão de igreja em bandas rock; ou simplesmente porque anda mal com a vida, aqui está uma boa forma de aguentar estas sextas-feiras sem poder comer carne até à páscoa. Sem entrar em chavões do tipo antes é que eles eram bons ou fazer sondagens à porta do santiago alquimista, não vale a pena negar que os pearl jam tenham entrado em declínio criativo. A grande virtude da banda sempre foi álbum após álbum ir reinventando a sua música, coisa que conseguiram com sucesso até binaural. A partir daí foi mais greve às multas e ver criminosos fugir às malhas da justiça. Por ordem decrescente de estrelas cadentes: vs, ten, binaural, yield, vitalogy, no code, riot act e pearl jam. Its evolution baby.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Distrital de castelo branco, última jornada

Liga piornos ao rubro (a neve pode durar até maio). O águias do moradal cumpriu a tradição de vencer na difícil deslocação ao teixoso e ainda beneficiou da derrota do líder alcains no covilhão, aliás, fundão. daqui a 15 dias os primeiros 4 classificados ficam com os pontos reduzidos a metade e começam a discutir o título a 2 voltas com os dois primeiros - alcains e águias - separados por 3 pontos. O modelo da competição proposto pela AFCB é altamente discutível mas apenas existe nestes moldes com o aval dos seus associados, ou seja, dos clubes. É a velha metáfora do copo meio cheio/vazio: por um lado 8 equipas ficam sem competir durante 6(!) meses, por outro 4 clubes competem mais 6 jogos. Nota ainda para as restantes equipas do pinhal que não foram muito felizes na competição, com destaque positivo para proença-a-nova que com uma equipa jovem e organizada por pouco não conseguia um lugar na segunda fase e a recordação de velhas alianças estreito-proença-a-nova-carnaxide.

terça-feira, 10 de março de 2009

Cara ou coroa?

Mais uma tentativa de abolir as taxas moderadoras no SNS. O assunto foi discutido pela 2345ª vez na assembleia da república subjacente à bonita ideia de que 'a saúde não tem preço' mas a proposta parece que não passou. Quando se fala para aí tanto de 'temas fracturantes', este sim é um deles: fractura o parlamento ao meio com acérrimas discussões ideológicas a lembrar o PREC e/ou o utente desembolsa na urgência quando fractura uma perna ou um braço. Constitucionalmente, as taxas moderadoras na saúde não devem servir para efeitos de financiamento mas apenas para moderar o acesso aos serviços. Por outro lado, está também consagrado na constituição que o acesso á saúde é tendencialmente gratuito. Por outro lado (parte II), as taxas moderadoras são habitualmente actualizadas todos os anos. Por outro lado (parte III), para efeitos de contabilidade hospitalar as taxas moderadoras são consideradas 'vendas e prestações de serviços', contando como proveitos para as instituições e tendo portanto implicações no resultado operacional das mesmas. Por outro lado (parte IV), cerca de metade dos utentes do SNS não pagam taxas moderadoras. Por outro lado (parte V e última - o assassino morre mesmo), 70% das isenções de taxas moderadoras nos cuidades de saúde primários são ilegais. Agora é só atirar uma moeda ao ar ou comprar uma trituradora: parece que aquelas 1 2 3, de carregar em cima são as melhores.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Arriba muchachos

I. Depois de mais de 20 anos, o athletic de bilbao apurou-se novamente para a final da taça do rei. Juntamente com o barcelona, os bascos são o clube mais titulado da competição (franco não devia ligar muito a bola) e depois de despachar o sevilha em bilbao com 3 batatas assadas no forno vão agora encontrar os catalães na final (para delírio de todos os adeptos da regionalização). Espera-se mais um jogo histórico a 13 de maio em valencia com recordações da guerra civil, de festivais de porrada sobre maradona (o desporto preferido dos defesas na década de 80) e discriminação na bancada para quém não viu jogar o grande n.º 8 julen guerrero - eskerrik asko, beti zurekin.
II. Em semana de eleições no país-basco, o PNV perdeu pela primeira vez a maioria absoluta à custa de uma subida dos socialistas. Se, por um lado, esta mudança significa a diminuição dos mandatos parlamentares nacionalistas, por outro pode aquecer os ânimos da luta armada que assim vê menos legitimada a causa basca nas eleições regionais (e lá se vai o referendo). Acima de tudo espera-se respeito pela vontade popular (uma expressão muito usada na política) e que se mandem à urtigas os preconceitos em relação ao povo basco (uma expressão pouco usada em política). Até ver, aúpa mutilak passa agora a arriba muchachos.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Metallica - all nightmare long

A mtv (parabéns mtv) resolveu associar-se às comemorações do 101º aniversário das grandiosas aparições da nossa senhora de tunguska. Tunguska é um rio no meio da sibéria onde há uma porrada de anos atrás explodiram umas bombas de carnaval vindas do espaço. O pior é que como a explosão se deu no verão parece que aquilo ainda aqueceu tanto que até se viu fumo em londres (e as chouriças ficaram chamuscadas). O fenómeno é conhecido por incidente de tunguska e foi um dos principais impactos conhecidos de meteoritos na terra. Posteriormente, especulou-se bastante sobre eventuais experiências pseudo-científicas a partir dos destroços e mais não se sabe bem o quê: na rússia nem se liga muito a isso mas parece que ali para os lados de san francisco gostaram da história (os verões na califórnia também são quentes). A música é directa e sem solos de guitarra melodramáticos. http://www.metallica.com/videoplayer/mediaplayer.asp?Media_Type=FLV&url=rtmp://cp57092.edgefcs.net/ondemand/flvstreams/metallica_com/2008/de/nightmare.flv&title=All+Nightmare+Long&desc=Director:+Roboshobo+-+Video+Premiere+Date:+December+7,+2008
Ficamos agora à espera da banda sonora da próxima sequela do vizinho-governador-implacável e de vídeos amadores de quém conseguir derrubar tantos pinheiros com uma autocaravana.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Deixem jogar o mantorras

Esqueçam clubismos; esqueçam nacionalidades (ou coisas piores que andam para aí); esqueçam a racionalidade; esqueçam a lógica. Mantorras tem não só o díficl mérito de levantar o estádio da luz ainda antes de entrar em campo como consegue por sportinguistas a escrever sobre isso. Depois de regressar à competição passados não sei quantos meses (ou foram anos?) e depois de 50320 atestados de invalidez passados pelos melhores especialistas em futebol moderno eis que surge o angolano a resolver um jogo do benfica. Saltou do banco e, numa daquelas ironias da bola, ajudou sobretudo quém pouco com ele tem contado. O seu espírito de sacrifício, a sua força de vontade, a sua disponibilidade fazem de mantorras um caso raro de empatia com os adeptos do futebol. Mantorras é um mito, o da força contra a adversidade. O seu percurso é uma linha curva e da mesma forma que não era o pior jogador do mundo também não passou a ser o melhor. Uma coisa é certa, o fatalismo do futebol benfiquista, tal como o calvário que o jogador tem passado, levou um pontapé nos tomates. Mantorras não pode jogar os 90 minutos mas, sem ironia, 20 chegam.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

águias do moradal 2 - alcains 1

Mais uma jornada da liga piornos (do centro de limpeza de neves). Apesar do terreno pesado as duas equipas proporcionaram um bom jogo de futebol: a organização defensiva e a objectividade sobrepuseram-se e a luta pelo controlo do meio campo foi uma constante. Depois de vários maus resultados o carrossel do ventoso regressou e o águias do moradal ganhou naturalmente. Naturalmente porque é sobretudo uma questão de atitude. O águias tem todas as condições para vergar qualquer adversário em qualquer circunstância e hoje provo-o. No entanto, da mesma forma que o campeonato não estava decidido antes deste jogo, também não o está agora. Independentemente do desfecho final só se pede uma coisa: jogar todos os jogos com a mesma atitude vencedora. Nota ainda para a arbitragem: a pressão existe e sempre existirá, seja por parte de dirigentes ou do público, a diferença é a forma como se lida com ela. Querer agradar a ambas as equipas é subverter o que se passa dentro do campo e meio-caminho para não agradar a ninguém.

domingo, 25 de janeiro de 2009

o reboque

I. A regionalização volta à agenda. Depois do fracasso da tentativa anterior que contemplava 8 regiões (versão hardcore xxx), agora parece que são só 5 (xx): vamos embora regionalizar isto mas com cuidadinho que é para ninguém pensar que isto pode ficar muito retalhado. Não era bonito aparecerem por aí minhotos a ter ideias de começar a querer ir pagar impostos a santiago de compostela (e atestar o depósito em caminho) ou portuenses a armadilhar carros e querer exportar vinhos para.. portugal. Todos queremos igualdade de oportunidades, autonomia político-administrativa, elevação da identidade cultural ou que o estado seja menos centralizado e burocrático. Mas não, dividir é que não. Ou então divide-se pouco, que é para não politizar muito a coisa e atenuar uns bairrismos que andam para aí (mais na altura dos santos).
II. À agenda, volta também (ou é estreia?) o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Não é a questão moral que está em causa pois essa fica ao livre arbítrio da consciência de cada um (e sempre podemos assistir e mais um ou dois prós-e-contras). A questão é sobretudo de oportunidade. Com o frio do inverno, alguém se deve ter lembrado que afinal estamos num país (daqueles evoluídos) da europa do norte e não temos problemas de desemprego, de endividamento das famílias ou de baixo poder de compra para resolver. Hum, espera lá que parece que agora nem na escandinávia estão safos da crise. Ao menos têm esquis e loiras verdadeiras.
III. Finalmente, a candidatura ibérica ao mundial de futebol de 2018 (mas atenção que também pode ser de 2022 (d.c.)). São dois coelhos de uma cajadada: primeiro, fazem-se uns jogos em albufeira, leiria e aveiro (antes da construção dos condomínios) e segundo, garantimos a qualificação directa sem problemas (facto devidamente aproveitado para contratar novamente queiroz ao united) .
Até ver, o reboque espanhol tem 3 atrelados e a carga vai bem acondicionada.

sábado, 24 de janeiro de 2009

a barraca abana

Obama tomou posse. Primeiro, nas primárias (que só não o foram em sentido literal porque não tivémos o previlégio de assistir às prestações de howard dean) derrotou clinton, o clã inteiro em versão senadora-ex-presidente-ex-secretária-ex-saúde-para-todos. Depois derrotou mccain que, ideologias à parte, foi um candidato 22 a 23 vezes superior a bush, o que não é fácil tendo em conta a difícil média de 10 (poços de petróleo). É certo que a política externa vai ser menos unilateralista, o que aparentemente já garantiu a unanimidade (ou quase) em torno da nova administração: basicamente a mesma de bush, tirando caracas (caraças em português) e havana (caramba). De resto, tal como na campanha, o que sobra em postura e moderação parece faltar em conteúdo. Economicamente, não há milagres: maldizer o neoliberalismo é maldizer a américa (ou benzer com a mão canhota, para não dizer esquerda) mas remendar a economia com injecções de capital sem reformas nem responsabilização da gestão, dificilmente (lá como cá) fará o farol voltar a piscar. Finalmente, a questão de sempre. Goste-se ou não de federalismos ou simplesmente do estilo de vida americano, os eua são um exemplo de democracia e de liberdade individual. Assim sendo, porque raio o um candidato mais votado pode não ser presidente? O que é o mesmo que dizer que o voto de um rancheiro do texas vale mais que o de um lenhador de seattle: i want to travel south this year, won't prevent safe passage here. http://www.youtube.com/watch?v=KDwODbl3muE&feature=related

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

john terry penalty miss video game mode

Depois da vitória do united sobre o chelsea no domingo, é impossível deixar de recordar a grande final da liga dos campeões do ano passado. Quando tudo se preparava para um melão mancuniano (ou vodafoniano, em versão comercial (ou ainda madeirense, em versão a-pérola-do-atlântico)), surge o capitão john terry a tremer que nem varas verdes. http://www.youtube.com/watch?v=KqwaO_54afk Em relação a domingo, e aproveitando que voltou a estar na moda criticar scolari (mesmo sem roberto leal nas conferências de imprensa), assistiu-se a dois estilos completamente diferentes: de um lado o chelsea mal fisicamente a lateralizar em demasia (vide o losango de paulo bento, mais a pender para o quadrado), do outro o united objectivo e organizado. O resultado de 3:0 deixa scolari em maus lençóis (a flanela pode fazer alergia em zonas fora da área metropolitana de seattle). Com a mudança cultural e respectiva adaptação, o estilo guerreiro e batalhador - vide scolari, o sargentão - que caracterizava as equipas do treinador brasileiro deu origem a um estilo macio e floreado - vide scolari, o lírico. Para trás mija a burra.

visca el barça, visca catalunya

Depois de ouvir o hino do barça http://www.youtube.com/watch?v=8b8cGhxhAsY entre 20 e 30 vezes um gajo dá por si a assobiar a música na rua como se não houvesse amanhã (com a crise, há que aproveitar agora). O ditado diz que ‘de espanha nem bom vento nem bom casamento’, o que se confirma: o vento costuma vir ali do lado de castelo branco (da recta da esteveira) e é quente como o raio; o casamento ou é gay ou é do tipo quique flores com o benfica. A piada disto, que até agora não é nenhuma, é como assobiar sossegadamente o hino do barça no interior de portugal pode provocar uma acesa discussão sobre espanha.
Depois de mais ou menos 2 minutos de conversa, valência já era na catalunha porque se falava catalão, o real madrid era o clube da ditadura (antes dos galácticos, de andrómeda, ali como quem dobra a esquina da estatua de darth vader) tal como o benfica por cá, e em barcelona andavam a por bombas (em bilbao é só fogo de artifício, da pirotecnia oleirense). Para a consoada acabar em beleza, duas ou três ferroadas visca el barca, visca catalunya (com pronúncia tipo rijkaard, depois da dobradinha de 2007). Expressões como figo pesetero e o clássico da rima catalã figo portugués hijo de puta és ficaram para uma próxima, que o bacalhau cozido com couves já estava a arrefecer. Uma promessa para 2009, decorar a letra do hino do barça e a marcha do estreito, tierra adorada.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

o barco vai de saída

Para começar a saga, a explicação do título. Inicialmente era para ser um blogue sobre o algarve (e a prática de desportos aquáticos) mas a escassa recolha de fundos inviabilizou o projecto. A fúria do barlavento é uma expressão retirada de uma música do beirão (também deve ser teimoso como o raio) fausto. A faixa chama-se o barco vai de saída e faz parte de um dos melhores álbuns de sempre (e arredores) de música popular portuguesa por este rio acima: o único problema é uma aparição do adamastor disfarçado de velho do restelo na contra-capa. Ouvia-se muito isto em vinil há uns (bons) anos atrás na ressaca de abril antes de se tornar num clássico de karaoke (infelizmente sem instrumental) no bairro alto. A música fala de lisboa e da ventania do adamastor a derrubar cacilheiros no tejo que nem tordos. Vira o barco e cai marujo ao mar. http://www.youtube.com/watch?v=jHDgK_HoRTw