How come i end up where i started? How come i end up where i went wrong?
segunda-feira, 20 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
A avestruz
I. Mais uma sessão-jantar-conferência-sobremesa sobre o futuro do SNS e parece que não há mesmo volta a dar. Primeiro, não se pode olhar para o financimento do SNS independentemente da conjuntura económica do país. Segundo, não se pode olhar para a despesa em saúde independentemente da despesa nos restantes sectores do estado. Terceiro, não se pode olhar para a conjuntura económica do país independentemente da internacional. Quarto, a população está a envelhecer (pessoalmente aposto nos 105 e 67 dias). Quinto, o repórter da tvi questiona se a crise não pode provocar problemas na prestação de serviços de saúde. Quinto, o repórter da tvi é ridicularizado. Sexto, o repórter da tvi não gosta de ser ridicularizado. Séptimo, o défice orçamental do estado deveria estar nos 6% para podermos financiar a saúde à vontade - ninguém se lembrou de perguntar (mesa 10 incluída) se isso não implicaria não cumprir com o pacto de estabilidade e crescimento. Oitavo, apelos distantes e paternalistas à eficiência técnica dos serviços do SNS. Nono, críticas distantes e paternalistas em relação à economia do país.
II. O problema de sub-financiamento do SNS não é diferente dos outros sectores do estado. A questão reside sobretudo no tipo de serviços que se pretende que o estado preste às populações. Pode-se especular sobre a viabilidade de alterar o modelo de financiamento ou pura e simplesmente aumentar a quantia a ser canalizada do orçamento de estado. Tanto uma como a outra são opções políticas: a primeira implicaria uma alteração profunda dos propósitos do SNS e qualquer decisão de fundo nesse sentido seria contrária à constituição portuguesa; a segunda seria um mais que provável estímulo à ineficiência. Não há milagres: o modelo do financiamento do SNS, nomeadamente o hospitalar é complexo. Do ponto de vista da gestão não é fácil garantir elevados níveis de eficiencia mantendo elevados níveis de equidade. Por outro lado, do ponto de vista dos profissionais de saúde não é fácil distinguir corporativismo e bem-comum. Os recursos são excassos e a introdução gradual de incentivos ao desempenho das instituições é louvável embora careça de continuidade: enquanto a grande fatia do financiamento dos hospitais do SNS continuar a ser dependente de critérios pouco claros e da boa vontade da tutela dificilmente haverá responsabilização por parte da gestão. Quando se comemoram 30 anos do SNS, a sustentabilidade do sistema tal como o conhecemos está em causa e não tem solução linear. De uma forma geral existe falta de confiança do contribuinte relativamente aos impostos e a forma como eles são canalizados pela máquina difusa do estado e transformados em serviços públicos. Este é um problema ao qual a saúde não escapa e que inviabiliza eventuais reformas no sector. Uma coisa é certa, se o caminho a seguir não é certamente o de baixar os braços perante as dificuldades também não será o de meter a cabeça na areia e fingir que está tudo bém. Saber que SNS queremos pode ser um bom ponto de partida.
II. O problema de sub-financiamento do SNS não é diferente dos outros sectores do estado. A questão reside sobretudo no tipo de serviços que se pretende que o estado preste às populações. Pode-se especular sobre a viabilidade de alterar o modelo de financiamento ou pura e simplesmente aumentar a quantia a ser canalizada do orçamento de estado. Tanto uma como a outra são opções políticas: a primeira implicaria uma alteração profunda dos propósitos do SNS e qualquer decisão de fundo nesse sentido seria contrária à constituição portuguesa; a segunda seria um mais que provável estímulo à ineficiência. Não há milagres: o modelo do financiamento do SNS, nomeadamente o hospitalar é complexo. Do ponto de vista da gestão não é fácil garantir elevados níveis de eficiencia mantendo elevados níveis de equidade. Por outro lado, do ponto de vista dos profissionais de saúde não é fácil distinguir corporativismo e bem-comum. Os recursos são excassos e a introdução gradual de incentivos ao desempenho das instituições é louvável embora careça de continuidade: enquanto a grande fatia do financiamento dos hospitais do SNS continuar a ser dependente de critérios pouco claros e da boa vontade da tutela dificilmente haverá responsabilização por parte da gestão. Quando se comemoram 30 anos do SNS, a sustentabilidade do sistema tal como o conhecemos está em causa e não tem solução linear. De uma forma geral existe falta de confiança do contribuinte relativamente aos impostos e a forma como eles são canalizados pela máquina difusa do estado e transformados em serviços públicos. Este é um problema ao qual a saúde não escapa e que inviabiliza eventuais reformas no sector. Uma coisa é certa, se o caminho a seguir não é certamente o de baixar os braços perante as dificuldades também não será o de meter a cabeça na areia e fingir que está tudo bém. Saber que SNS queremos pode ser um bom ponto de partida.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
idiots and angels
Fantasporto'2009. Já lá vai o tempo das serras eléctricas a depilar pernas tenrinhas em mini-saia. Agora parece que o que mata mesmo a sério é a rotina.
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